OBJETIVOS: analisar os fatores associados ao risco de atraso no desenvolvimento infantil de crianças menores de cinco anos internadas por condições sensíveis à atenção primária.
MÉTODOS: estudo quantitativo, transversal, realizado com 90 crianças menores de cinco anos e seus cuidadores familiares. O risco de atraso no desenvolvimento infantil foi avaliado por meio do Survey of Well-Being of Young Children (SWYC). A associação entre as variáveis foi analisada por regressão de Poisson com variância robusta, utilizando o software SPSS, versão 21.0.
RESULTADOS: o risco de atraso no desenvolvimento infantil foi identificado em 22,2% das crianças e apresentou associação com baixo peso ao nascer (RP = 1,17), alterações de comportamento infantil (RP = 1,14), mãe com dois filhos (RP = 1,18) e residência em local sem saneamento básico (RP = 1,19).
CONCLUSÃO: o risco de atraso no desenvolvimento infantil esteve positivamente associado a variáveis relacionadas à criança (baixo peso ao nascer), ao cuidador (mãe com dois filhos) e ao ambiente (ausência de saneamento básico). A vigilância do desenvolvimento infantil deve ser incorporada a todos os níveis de atenção à saúde da criança e da família, com foco no desenvolvimento pleno, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Ações e políticas públicas devem considerar os determinantes sociais da saúde que impactam o cuidado na atenção primária e nos serviços hospitalares.
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil, Condições sensíveis à atenção primária, Criança hospitalizada, Saúde da criança, Comportamento infantil