OBJETIVOS: identificar fatores associados à longa permanência hospitalar entre recém-nascidos prematuros.
MÉTODOS: trata-se de estudo de coorte retrospectivo, conduzido em ambulatório de seguimento de recém-nascidos de alto risco do norte de Minas Gerais. Todas as morbidades do grupo foram registradas segundo a classificação de prematuridade. Longa permanência foi definida a partir do último quartil dos tempos, em dias de permanência, para o grupo avaliado. As variáveis associadas à longa permanência foram definidas por análises bivariadas seguidas de regressão logística binária, permanecendo no modelo final apenas as variáveis com nível de significância de 5%.
RESULTADOS: participaram deste estudo 293 recém-nascidos, sendo 56,6% do sexo masculino. A idade gestacional variou de 24 a 36 semanas, sendo 25,3% prematuros extremos. As principais morbidades foram referentes a distúrbios respiratórios e infecciosos. A longa permanência foi registrada para 25,9% dos prematuros e os fatores associados foram idade gestacional (p<0,001), peso ao nascimento (p<0,001), sepse tardia (p<0,001) e enterocolite necrosante (p=0,036).
CONCLUSÃO: os fatores associados à longa permanência destacam a necessidade de maior vigilância aos cuidados pré-natais, com acompanhamento seguro da gestação e prevenção da prematuridade, e pós neonatais, com maior cuidado à prevenção de infecções nosocomiais.
Palavras-chave: Recém-nascido prematuro, Morbidade, Tempo de internação, Unidades de terapia intensiva neonatal