OBJETIVOS: investigar preditores de dificuldades emocionais e comportamentais numa amostra de adolescentes de São Leopoldo/RS.
MÉTODOS: estudo longitudinal que acompanhou crianças do nascimento aos 13 anos de idade.Variáveis sociodemográficas, maternas e perinatais foram obtidas aos seis meses e dos 12 aos 16 meses,variáveis antropométricas e o tempo de tela aos quatro e oito anos. Aos 13 anos, 174 adolescentes completaram o Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ).
RESULTADOS: na avaliação total do SDQ, 14,4% apresentaram dificuldades emocionais e comportamentais. Nas subescalas, observamos: aumento de alterações de conduta entre filhos de mães com escolaridade <8 anos (p= 0,028); adolescentes filhos de mães com <20 anos apresentaram aumento de alterações emocionais (p=0,043); maiores dificuldades no comportamento pró-social nos adolescentes masculinos (p= 0,019), cor branca (p=0,049), amamentados exclusivamente por <4 meses (p=0,036), famílias com renda mensal <3 salários mínimos (p=0,005) e apresentavam maior média de z-score do IMC aos quatro anos de idade (p=0,003).
CONCLUSÃO: o menor tempo de aleitamento materno, o excesso de peso infantil, a pouca idade e baixa escolaridade materna e baixas condições socioeconômicas foram preditores do desfecho, o que reforça a importância de ações multidisciplinares de prevenção em saúde mental infantojuvenil.
Palavras-chave: Adolescente, Aleitamento materno, Obesidade, Funcionamento psicossocial, Saúde mental